A líder da oposição na Câmara do Recife, Priscila Krause (DEM), se afastará do cargo no início de junho. Sai de licença médica para ter o segundo filho. Como na primeira gravidez, dispensará os 180 dias da licença-maternidade. Planeja ficar longe das atividades no Legislativo da capital por pouco mais de dois meses, incluindo o recesso de julho. Como seu afastamento não totalizará 120 dias, a Casa não precisará recorrer ao regimento interno e convocar a primeira-suplente – Tatiane Pink (DEM) – para substitui-la.
Priscila justifica a decisão, de ordem pessoal, com argumentos de natureza política. Diz que o trabalho que desenvolve no mandato é motivado pelo seu comprometimento com o eleitor e, portanto, não pode sofrer uma interrupção tão extensa. Dentro da oposição o sentimento é que a mobilização, que vem garantindo um trabalho de fiscalização e cobranças à gestão do prefeito João da Costa (PT), não será comprometido.
Na próxima semana, a líder realizará reunião com os sete integrantes da bancada para tratar do seu afastamento da Câmara. Segundo ela, a conversa deve ser tranquila. “Apesar de boa parte estar no primeiro mandato, eles são experientes (Aline Mariano, do PSDB, Vera Lopes, do PPS, e Maré Malta, do PPS)”, disse. “Assim, como na minha primeira gravidez, todos os dias devo receber relatório do que estará acontecendo”, afirmou.
Seguindo orientações médicas, a vereadora pode trabalhar até o dia anterior à data-limite do parto, dia 10 de junho. Ela se programa para retomar as atividades em agosto. “Encaro a situação como a de profissionais que ganham por produtividade. Sei que pago um preço, mas tenho a flexibilidade de horário para cuidar do bebê, com exceção da tarde, quando devo estar no plenário. Sei que o cuidado de mãe vai falar mais alto, por isso, tenho que ajustar o trabalho à opção que fiz pela pública.”, observou.
A vereadora Vera Lopes, vice-líder da oposição, assumirá o comando da bancada no período. Segundo ela, será uma responsabilidade grande substituir uma líder como Priscila. “Como estou na minha primeira legislatura, vou precisar de muito apoio da bancada”, disse. Veterano da Casa, André Ferreira (PMDB) não demonstra preocupação. Ele classifica a atuação de democrata “bem marcante”, mas não acredita que com Vera será diferente.
A suplente Pink, curiosamente, também grávida do segundo filho, diz que vem acompanhado tudo o que acontece dentro da oposição, mais especialmente no DEM. Ela não vê problema na decisão de Priscila. Diz que logicamente gostaria de assumir, mas destaca que a vereadora é séria o bastante para agir de acordo com as necessidades do mandato
Diário de Pernambuco
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