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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Parlamentares querem aumentar restrições à propaganda de bebidas alcoólicas

 [senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) e senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) - Fotos: J. Freitas / Agência Senado]
Cinco projetos de senadores que tramitam atualmente em comissões técnicas da Casa propõem restrições à propaganda de bebidas alcoólicas, limitando e regulando a publicidade desses produtos nos meios de comunicação - especialmente da cerveja - e também estabelecendo advertências sobre seu uso.
As propostas tratam ainda da proibição da venda de bebidas alcoólicas nas proximidades de escolas e fixam regras para a exposição desses produtos em estabelecimentos comerciais. Dos cinco projetos, dois (PLS 99/11 e 177/11) são de autoria do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), dois (PLS 169/11 e 531/07) de Marcelo Crivella (PRB-RJ) e um (PLS 505/07) de Marisa Serrano (PSDB-MS).
Além dos senadores, os deputados também estão preocupados com o problema. Segundo o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que apresentou projeto restringindo a propaganda de bebidas alcoólicas, tramitam atualmente na Câmara 40 proposições sobre o tema, uma dos quais de autoria do Executivo. Os parlamentares citam nas justificativas para apresentação dos projetos dados alarmantes sobre o aumento do consumo de álcool no Brasil e no mundo, além de seus efeitos devastadores sobre a população em geral.
Relatório divulgado no início do ano pela Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os governos proíbam a publicidade de bebidas alcoólicas, aumentem impostos sobre o álcool, restrinjam as vendas do produto e adotem políticas de prevenção e programas de tratamento para o alcoolismo.
As recomendações da OMS foram feitas a partir de pesquisas dessa instituição indicando que o uso abusivo de álcool mata mais do que doenças como Aids e tuberculose e do que a violência nas cidades, somando 4% (cerca de 2,5 milhões de mortes a cada ano) de todos os óbitos registrados no mundo. Quase uma em cada dez mortes entre jovens de 15 a 29 anos está relacionada ao uso de bebida alcoólica, segundo a OMS.
Reduzir o marketing e restringir a propaganda de bebidas alcoólicas na TV e em outros meios de comunicação é uma estratégia eficaz para combater os efeitos nocivos causados pelo incentivo ao consumo de bebidas, segundo a OMS. O efeito do marketingde bebidas alcoólicas, que procura, em muitos anúncios, relacionar o produto a festas, situações agradáveis de poder e conquista, alegria, aumento de status e até atividades esportivas, exerce ainda mais influência sobre os jovens, conforme as pesquisas.
No Brasil, a questão é regulada pela Lei 9.294/96, que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas. Os parlamentares propõem, em geral, aumentar ainda mais as restrições estabelecidas por essa legislação, refreando, por exemplo, a propaganda de cerveja - com teor alcoólico mais baixo do que as bebidas destiladas como cachaça, vodka e uísque.
FONTE: Agência Senado

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