Os partidos de oposição no Congresso querem explicações do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sobre a decisão de arquivar as representações contra o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, por enriquecimento ilícito. Ele deverá ser convidado a esclarecer, na Câmara dos Deputados, os motivos que levaram à decisão, anunciada nesta segunda-feira (6).
Reunidos nesta terça-feira (7), líderes de PSDB, DEM e PPS também decidiram encaminhar seis representações à Procuradoria Geral da República, ao Ministério Público Federal do Distrito Federal e aos Ministérios Públicos estadual e Federal de São Paulo, a fim de obter informações a respeito do enriquecimento ilícito do ministro e sobre a nova denúncia divulgada pela Revista Veja, de que ele moraria em apartamento alugado de "laranjas".
"O procurador, ao decidir da forma como decidiu, desprezou as expectativas do país e não levou em conta as razões de força que sustentam a representação que protocolamos no início dessa crise. Ele pode ter salvado metade do Palocci, mas não salvou por inteiro", disse o líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PSDB-PR).
Além de ações judiciais, a oposição continuará a adotar medidas para garantir a análise do caso no Congresso. Entre elas estão a de coletar de assinaturas para a criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
"Vamos intensificar a coleta de assinaturas. Estamos com muito boas perspectivas para chegar, pelo menos no Senado, a 21 assinaturas", disse o parlamentar.
Na noite desta segunda (6), Gurgel determinou o arquivamento das representações, protocoladas pela oposição, pedindo a abertura de inquérito para investigar a evolução patrimonial do ministro Antonio Palocci. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o patrimônio de Palocci cresceu 20 vezes entre 2006 e 2010, período em que era deputado federal.
Diário de Pernambuco.
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