Em termos familiares, o maior racha que houve em Pernambuco nos últimos 30 anos foi o dos “Coelho”. Eles fizeram parte de um mesmo partido até 82 quando Osvaldo Coelho elegeu-se deputado federal e Fernando Bezerra Coelho, seu sobrinho, deputado estadual. Na eleição seguinte se deu a divisão: Fernando e seu pai, Paulo Coelho, passaram-se para o palanque de Arraes, candidato da oposição a governador, e o restante da família ficou com José Múcio, então apoiado por Marco Maciel.
O racha político implicou também a divisão do império empresarial sem que os partidários de Arraes partissem para o confronto com os partidários de Marco Maciel, e vice-versa. Todos respeitavam todos a ponto de, recentemente, o ministro Fernando Bezerra Coelho ter feito convite ao tio Osvaldo, seu adversário político em Petrolina, para participar de um conselho que trata unicamente de irrigação, assunto a que o ex-deputado se dedica desde que chegou à Câmara Federal nos anos 70.
Isso poderá servir de exemplo à família Mendonça, de Belo Jardim, que acaba de rachar, politicamente, pela ida do ex-prefeito João Mendonça para o palanque das oposições. A divergência se originou de um desentendimento entre ele e o atual prefeito, Marcos Coca Coca, e deveria ser encarada como pontual. Mas os ânimos se acirraram no final de semana, com “traidor” pra cá e “traidor pra lá”, com risco de divisão familiar, o que não é bom para a cidade nem para os seus protagonistas.
Inaldo Sampaio.
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