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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Charge de Lula usada em prova de MG era rascunho, diz jornal

Desenho de cartunista da 'Folha' foi usado em prova da rede pública.
Charge teria sido retirada de blog sem a autorização do autor.

O jornal "Folha de S. Paulo" publicou nota na edição desta segunda-feira (11) informando que a charge com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usada em uma prova aplicada na rede pública de ensino de Minas Gerais é mesmo de autoria do cartunista Jean Galvão, mas que não corresponde ao desenho publicado no jornal em 2007, e sim um rascunho que o cartunista fez e não chegou a enviar para a "Folha".
O cartunista havia afirmado na sexta-feira (8) que a imagem publicada na prova teria sido adulterada. Na "Folha", o título é "CPMF" e na ilustração Lula distribui "favores" e "cargos" a políticos. Na prova, o título é "Operação Abafa", e Lula oferece dinheiro. Segundo o jornal, o cartunista afirma que a charge foi retirada do seu blog e tirada do contexto e que no rascunho não há nenhuma referência ao mensalão, como sugere a prova aplicada em MInas Gerais.
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Secretaria retirou banco de dados do ar
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais informou que retirou do ar o banco de dados do Programa de Avaliação da Aprendizagem Escolar, exame usado na rede pública de ensino. A medida foi tomada após inclusão de uma charge com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva adulterada em uma prova de história aplicada a alunos do Ensino Médio.
A questão 17 (código 326580) da prova de história traz o enunciado “Ao se referir à distribuição de boletins em porta de fábrica, essa charge:”. Por meio da assessoria de imprensa, a secretaria confirmou ao G1 que a resposta de letra D foi considerada certa. A opção traz o texto “sugere, ironicamente, uma relação entre os movimentos sindicais do início da década de 1980 e o ‘mensalão’, refletindo sobre o processo histórico que levou os mesmos personagens de uma luta pela valorização do trabalhador à corrupção política".
A falha ganhou repercussão em reunião do bloco parlamentar Minas sem Censura, liderado pelo deputado estadual Rogério Correia (PT). Por meio de nota, o bloco questionou a adulteração e argumentou que “o governo tucano usa a máquina pública para caluniar e difamar os petistas”. O deputado Rogério Correa informou que vai protocolar, ainda nesta sexta-feira (8), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), um requerimento ao governo estadual pedindo satisfações e a averiguação dos responsáveis pela prova.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educação considerou a inclusão da charge “totalmente inadequada”. Segundo a secretaria, existe, desde 2007, um banco de perguntas e respostas com 56.707 itens, que automaticamente gera de forma aleatória provas a serem aplicadas pelos professores. Até o final 2009, a secretaria informou que não validava as questões incluídas no banco de dados, o que começou a ser feito a partir de janeiro de 2010. Em nota, a Secretaria de Estado de Educação lamentou não ter revisado os itens incluídos antes de 2010. A partir de agora, o órgão garante que todos os itens devem ser revisados.

Ainda segundo a secretaria, um guia orienta a elaboração e revisão das questões e recomenda evitar temas relacionados a preconceito e discriminação; abordagens fora do contexto, muito genéricas ou restritivas; abordagens de pregação religiosa ou ideológica.

Do G1, em São Paulo

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