Desenho de cartunista da 'Folha' foi usado em prova da rede pública.
Charge teria sido retirada de blog sem a autorização do autor.
O jornal "Folha de S. Paulo" publicou nota na edição desta segunda-feira (11) informando que a charge com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usada em uma prova aplicada na rede pública de ensino de Minas Gerais é mesmo de autoria do cartunista Jean Galvão, mas que não corresponde ao desenho publicado no jornal em 2007, e sim um rascunho que o cartunista fez e não chegou a enviar para a "Folha".
O cartunista havia afirmado na sexta-feira (8) que a imagem publicada na prova teria sido adulterada. Na "Folha", o título é "CPMF" e na ilustração Lula distribui "favores" e "cargos" a políticos. Na prova, o título é "Operação Abafa", e Lula oferece dinheiro. Segundo o jornal, o cartunista afirma que a charge foi retirada do seu blog e tirada do contexto e que no rascunho não há nenhuma referência ao mensalão, como sugere a prova aplicada em MInas Gerais.
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Secretaria retirou banco de dados do ar
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais informou que retirou do ar o banco de dados do Programa de Avaliação da Aprendizagem Escolar, exame usado na rede pública de ensino. A medida foi tomada após inclusão de uma charge com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva adulterada em uma prova de história aplicada a alunos do Ensino Médio.
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais informou que retirou do ar o banco de dados do Programa de Avaliação da Aprendizagem Escolar, exame usado na rede pública de ensino. A medida foi tomada após inclusão de uma charge com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva adulterada em uma prova de história aplicada a alunos do Ensino Médio.
A questão 17 (código 326580) da prova de história traz o enunciado “Ao se referir à distribuição de boletins em porta de fábrica, essa charge:”. Por meio da assessoria de imprensa, a secretaria confirmou ao G1 que a resposta de letra D foi considerada certa. A opção traz o texto “sugere, ironicamente, uma relação entre os movimentos sindicais do início da década de 1980 e o ‘mensalão’, refletindo sobre o processo histórico que levou os mesmos personagens de uma luta pela valorização do trabalhador à corrupção política".
A falha ganhou repercussão em reunião do bloco parlamentar Minas sem Censura, liderado pelo deputado estadual Rogério Correia (PT). Por meio de nota, o bloco questionou a adulteração e argumentou que “o governo tucano usa a máquina pública para caluniar e difamar os petistas”. O deputado Rogério Correa informou que vai protocolar, ainda nesta sexta-feira (8), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), um requerimento ao governo estadual pedindo satisfações e a averiguação dos responsáveis pela prova.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educação considerou a inclusão da charge “totalmente inadequada”. Segundo a secretaria, existe, desde 2007, um banco de perguntas e respostas com 56.707 itens, que automaticamente gera de forma aleatória provas a serem aplicadas pelos professores. Até o final 2009, a secretaria informou que não validava as questões incluídas no banco de dados, o que começou a ser feito a partir de janeiro de 2010. Em nota, a Secretaria de Estado de Educação lamentou não ter revisado os itens incluídos antes de 2010. A partir de agora, o órgão garante que todos os itens devem ser revisados.
Ainda segundo a secretaria, um guia orienta a elaboração e revisão das questões e recomenda evitar temas relacionados a preconceito e discriminação; abordagens fora do contexto, muito genéricas ou restritivas; abordagens de pregação religiosa ou ideológica.
Ainda segundo a secretaria, um guia orienta a elaboração e revisão das questões e recomenda evitar temas relacionados a preconceito e discriminação; abordagens fora do contexto, muito genéricas ou restritivas; abordagens de pregação religiosa ou ideológica.
Do G1, em São Paulo
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