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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Líder do Democratas critica ‘posição vergonhosa’ do Itamaraty em relação à Venezuela e sugere que Congresso se manifeste


O líder do Democratas na Câmara Federal, Mendonça Filho (PE), fez duras críticas à omissão do governo brasileiro em relação aos protestos na Venezuela e sugeriu que a Congresso Nacional se manifestasse em nome do país.
Durante seu discurso em plenário, na noite dessa quarta-feira (19), o democrata chamou de “vergonhosa” a posição do Itamaraty em “se esconder por trás de uma nota do Mercosul”. Para ele, a decisão do Ministério das Relações Exteriores ao se abster em emitir um posicionamento e declarar que a posição do país é representada pela nota do bloco é uma afronta ao povo brasileiro.
“O que o governo faz? Se esconde atrás de uma nota do Mercosul, hoje dominado pela política bolivariana que chega ao desplante de dizer em nota oficial que os integrantes, naturalmente incluindo o Brasil, criticam as tentativas de desestabilizar a ‘ordem democrática na Venezuela’. Eu lamento muito que a nação brasileira, que se faz representar pelo Poder Executivo, se veja nesta vergonhosa posição”, criticou Mendonça.
O deputado sugeriu que o Legislativo reaja contra o silêncio do Palácio do Planalto e faça uma declaração em apoio aos estudantes e trabalhadores venezuelanos que estão indo às ruas protestar contra a inflação, a escassez de produtos básicos, a censura, a alta criminalidade e o cerceamento de direitos básicos.
“Eu faço um apelo a esta Casa para que nos manifestemos em nome do povo brasileiro. O governo está aí, omisso, os protestos nas ruas, os manifestantes lutando por democracia, por liberdade de expressão e o líder opositor Leopoldo López preso pela polícia política. Não há uma manifestação sequer por parte de sua excelência a presidente da República, Dilma Rousseff. Calada está, calada permanece”, apontou.
O democrata ainda listou outros exemplos da política externa brasileira em que os interesses do país foram contrariados por questões políticas de países ideologicamente afinados com o governo do PT. A expropriação da refinaria da Petrobras na Bolívia; as práticas desleais de mercado do governo da Argentina contra empresas brasileiras; e a pressão do governo da Venezuela pela suspensão do Paraguai no Mercosul foram lembrados.
“O povo brasileiro não suporta esse tipo de atitude arbitrária e antidemocrática que está levando ao caos econômico e social de um país irmão”, concluiu.

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