Na entrevista que concedeu à Rádio JC/CBN, nesta quinta-feira (12), o deputado Mendonça Filho (DEM) revelou ter devolvido a verba do auxílio-moradia retroativo, benefício concedido a ex-deputados estaduais de Pernambuco, do período entre 1994 e 1997. A polêmica sobre o auxílio-moradia já dura três semanas e Mendonça é o segundo deputado a decidir pela devolução, após muita repercussão do caso na mídia e nas redes sociais. O primeiro foi Elias Gomes (PSDB), hoje prefeito de Jaboatão dos Guararapes. Além deles, o governador Eduardo Campos (PSB) e o vice João Lyra Neto (PDT), também ex-deputados, não solicitaram o auxílio na Justiça.
“Eu renunciei cem por cento (do auxílio-moradia). Mas não achei necessário fazer a divulgação, foi uma opção pessoal. Sempre tive uma vida pública limpa, honrada. Estou confortável diante do caminho que adotei”, disse Mendonça. Ele enfatizou que quando era deputado estadual resolveu abdicar do direito de aposentadoria (Fepa).
Fora Elias Gomes e Mendonça Filho, são 50 deputados e ex-deputados que pediram para receber o auxílio-moradia sob o argumento de equiparação salarial com os deputados da Câmara Federal. A justificativa se pauta no fato de que, por lei, um deputado estadual pode receber até 75% do salário de um federal. Esse auxílio era dado apenas aos parlamentares federais, portanto, na época, entre setembro de 1994 e dezembro de 1997, os estaduais não tinham a verba.
O democrata deixou claro que não fará julgamento sobre outros beneficiários a respeito da devolução da verba e se mostrou com a consciência tranquila. “Cada um faz o caminho que acha conveniente. Eu não julgo e nem julgarei qualquer colega, porque para alguns é auxílio, para outros não é. Tomei minha decisão sem fazer propaganda”, completou.
Veiculado no Blog Gabriel Diniz
Do JC
O interessante, de verdade, é que os valores foram pagos somente a quem requisitou. Ou seja: quem recebeu, PEDIU para receber. Eduardo Campos e João Lyra, por exemplo, que teriam direito a receber, sequer pediram o benefício.
ResponderExcluirDepois que a imprensa faz o burburinho, é que aparecem alguns (pouquíssimos, diga-se) devolvendo o que (de acordo com a tese de quem devolve) não deveria ter sido pago.
Tenho uma tese na qual 'correto é aquele que faz a coisa certa quando os outros não estão vendo'.
O resto é balela...