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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Estaduais 2012: De volta à elite, Belo Jardim-PE sonha com Série D

 Se em Pernambuco houvesse uma capital da música, certamente esse título seria dado a Belo Jardim, a 187km do Recife. No município agrestino, que um dia já se chamou Capim, a paixão pela música está presente no DNA dos seus quase 73 mil habitantaes. Berço cantor Otto, a cidade é recheada de histórias curiosas relacionadas à música, como por exemplo um duelo musical envolvendo duas bandas, em 1953, que teriam ficado 15 horas tocando sem parar até que a outra desistisse. A batalha só foi resolvida com a intervenção das autoridades e um a um, os músicos foram parando e o embate terminou empatado. Não é à toa que se fala que o belo-jardinense aprende a tocar antes mesmo de falar.
Belo Jardim-PE (Foto: Tiago Medeiros / GloboEsporte.com)Parral, ex-Santa Cruz, é uma das apostas do Belo Jardim (Foto: Tiago Medeiros / GloboEsporte.com)
Agora, a cidade está engajada em se consolidar como uma das rotas do futebol em Pernambuco. Vice-campeão da Série A-2 no ano passado, o Belo Jardim Futebol Clube está de volta à elite estadual após quatro anos. Em 2007 debutou na competição a convite da Federação Pernambucana de Futebol para preencher a vaga deixada pelo Intercontinental, mas acabou rebaixada no mesmo ano. E quem pensa que a meta para 2012 é apenas permanecer na Primeira Divisão se engana, o Calango quer ir longe e abocanhar uma vaga na Série D.
- Em 2007 não jogamos a primeira fase em casa, porque nosso estádio não estava pronto. Tivemos que atuar em Caruaru e Vitória e não fomos bem sem nossa torcida. Quando jogamos em casa, ficamos em sétimo lugar, mas na soma geral acabamos rebaixados - lembra o gerente de futebol do clube, Jonas Torres.
Para não fazer feio este ano, o adversário do Santa Cruz na estreia, dia 15, no Arruda, trouxe 19 jogadores, que se juntaram aos dez que fizeram parte da campanha de acesso à Série A. Tem gente de toda parte do Brasil: mineiros, gaúchos, piauienses, cearenses, sul-matogrossenses etc.
Na turma, o experiente lateral-direito Parral, ex-Santa Cruz, e o volante Fábio Recife, que já passou pelo Náutico, são os mais conhecidos. A opção pelos não-famosos partiu da própria direção, que preferiu investir em um grupo de atletas em busca de aparecer e voltar ao mercado. A filosofia é tão levada a sério que recentemente o clube negou uma oferta do empresário do atacante Val Baiano, que (segundo o gerente de futebol, Jônas Torres) tentou emplacá-lo no Bedlo Jardim por R$ 6 mil mensais.
Globo Esporte

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