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sábado, 12 de novembro de 2011

Berlusconi renuncia depois de aprovação de pacote


O chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, renunciou na noite deste sábado a seu cargo, anunciou oficialmente em Roma o gabinete de imprensa da presidência da República.
Berlusconi, de 75 anos, foi recebido entre vaias no Palácio do Quirinal, onde tornou oficial sua demissão ante o presidente da República, Giorgio Napolitano.
Protagonista dos últimos 17 anos da vida política da Itália, Berlusconi havia prometido renunciar a seu cargo na última terça-feira, após a adoção definitiva das medidas anticrise tomadas sob a pressão dos mercados e encerrando assim uma era marcada por escândalos.
As medidas da Lei de Estabilidade contra a crise econômica foram exigidas pela União Europeia (UE), como estratégia para restaurar a confiança do mercado. O anúncio da aprovação, neste sábado, foi elogiado pela diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.
A Itália é um dos protagonistas da crise financeira da zona do euro. Atualmente, a dívida externa italiana corresponde a 120% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, cerca de 1,0 trilhão de euros.
Berlusconi chegou em meio a um comboio de carros oficiais ao palácio presidencial, e foi recebido por uma multidão que gritava "palhaço" e erguia cartazes que diziam "Bye, bye, Berlusconi".
Pouco antes, o maganata havia dito a um grupo de jornalistas que ficou sentido pelas vaias que recebeu após a votação do Parlamento neste sábado, que abriu as portas para sua renúncia.
"Foi algo que me doeu profundamente", disse ele, cercado por dirigentes de seu partido, o Povo da Liberdade, pouco antes de se dirigir ao Palácio do Qurinal, sede da presidência da República.
Sucessão- Com a saída de Berlusconi, será formado um governo de emergência que deve durar cerca de 18 meses, pois não há previsão de novas eleições até 2013.
A expectativa é que Mario Monti receba a tarefa de formar um novo governo tecnocrata para lidar com a crise financeira que assola a zona do euro.  Caso não consiga apoio da maioria do Parlamento, pode terminar antes do prazo.

Diário de Pernambuco.

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