A crônica política dos tempos recentes revela que as oposições sempre tiveram um comandante maior, aquele para quem todos se voltavam em busca de inspiração e instruções. Foi Carlos Lacerda, durante os anos Vargas e Goulart. Depois Ulisses Guimarães, no regime militar. Sem esquecer Paulo Brossard e Teotônio Vilela. Leonel Brizola, com a Nova República. O Lula também, nos dois mandatos de Fernando Henrique. Pois a partir da chegada do PT ao poder, quem comanda as oposições? José Serra nunca foi, dadas as arestas que provoca, somadas à inveja do Alto Tucanato. Fernando Henrique gostaria mas não consegue.
Aécio Neves poderia ocupar o comando, às vezes a gente pensa que assumiu, só que no momento seguinte ele desaparece. Segue o exemplo do avô, que até deu certo. Tancredo chegou à presidência da República precisamente por não radicalizar. O neto sacrifica o comando das oposições pelo mesmo motivo. Talvez chegue lá, mas como, se a tropa bate cabeça, sem o mínimo de unidade?
Magno Martins.
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