A notícia de que o ex-presidente Lula tem um câncer na laringe e será submetido a um tratamento quimioterápico entristeceu o País e provocou imediata repercussão no mundo inteiro. Não poderia ser diferente.
Afinal, não existe, hoje, um político com mais afinidade e cheiro de povo do que o ex-líder metalúrgico, forjado nas ruas, em portas de fábricas, lutando permanentemente e incansavelmente em defesa dos trabalhadores explorados e injustiçados.
O rastro de abatimento se explica também não somente pelas transformações que Lula empreendeu em seu governo, do ponto de vista de redução da pobreza e das disparidades regionais, mas principalmente pela enorme capacidade de falar.
É no palanque que se conhece o político eloqüente. E é pela fala que multidões vão ao delírio com Lula. Por ironia do destino, o câncer se instala justamente num órgão que mexe com a fala, a maior arma de Lula no contato direto com a gente simples. No passado, só o saudoso Getúlio Vargas tinha a grande proeza de mobilizar multidões com a sua fala.
Com o avanço da medicina não há dúvida de que Lula vencerá mais esse grande desafio de sua vida. Mas, superada a pior fase via sessões de quimioterapia, fica a torcida brasileira para que o restabelecimento do líder se dê de forma plena.
Mais do que isso, que possa, após o seu restabelecimento, voltar usar a sua voz com a mesma intensidade e a mesma capacidade de mexer com corações e mentes, como fez a vida inteira.
Magno Martins.
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