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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Collor lidera tropa de choque de Lula no contra-ataque


 Levado a renunciar à Presidência da República há 20 anos, graças às pressões lideradas, entre outros, por dirigentes do PT, o hoje senador Fernando Collor (PTB-AL) tomou a frente da tropa de choque lulista no Congresso Nacional. Numa época em que o ex-presidente Lula virou alvo indireto de investigações, denúncias e até julgamentos no Supremo Tribunal Federal, Collor articulou, nesta quarta-feira, a aprovação deconvite ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao Congresso Nacional, sob o pretexto de prestar esclarecimentos sobre a "Lista de Furnas". E FHC é apenas um dos considerados algozes lulistas acertados pelo senador petebista nos últimos meses.

Collor também conseguiu aprovar na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), também como pauta extra, um requerimento de convite ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, responsável por apresentar a denúncia do mensalão ao Supremo Tribunal Federal, que acabou resultando na condenação de 25 réus e desgastou o PT. A ideia de Collor é que Gurgel preste esclarecimentos acerca da "confluência das atividades de inteligência com o papel do Ministério Público e da Polícia Federal".
Os convites a FHC e Gurgel aprovados nesta quarta-feira mostram, contudo, que o senador não esquece tão fácil as missões que se auto-impõe -- o que significa que a revista Veja ainda não se livrou de ter de explicar ao Congresso suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Ironicamente, o papel de principal liderança da tropa de choque lulista coube a um ex-presidente que se elegeu sem receio de bater duro contra o então adversário Lula na reta final da eleição de 1989, e que acabou caindo graças a pressões do partido que derrotara.



Magno Martins.

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