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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Médicos de planos param até sexta-feira


Começa hoje a punição do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) aos planos de saúde que não aderiram à Classificação Brasileira de Hierarquização dos Procedimentos Médicos (CBHPM). Então, se você é cliente da SulAmérica, Golden Cross, Ideal Saúde, Norclínicas, Intermédica, Notre Dame ou Hapvida, fique atento: até a próxima sexta-feira, os atendimentos eletivos destas operadoras estarão suspensos. Pelo menos 500 mil pessoas serão afetadas pela paralisação.
A penalidade é uma medida nacional, coordenada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Em Pernambuco, os profissionais reivindicam o reajuste de honorários, que não acontece há mais de 20 anos. A proposta da Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM) é de que o valor da consulta salte dos atuais R$ 40 para uma média entre R$ 60 e R$ 80. “O honorário justo seria R$ 80, mas consideramos aceitável dentro desta faixa. É preciso que as empresas revejam esses valores, pois somente as despesas para nos mantermos atualizados na especialidade requerem um alto investimento”, avalia o presidente da CEHM, Mario Fernando Lins.
A recomendação de Lins é que, caso algum beneficiário esteja com consultas ou exames marcados durante este período, se antecipe e remarque para não dar viagem perdida. Caso não seja possível, a saída é realizar o procedimento de forma particular e solicitar o reembolso posteriormente. Ainda assim, ele reforçou que os atendimentos em urgências e emergências acontecerão de forma normal. Além desses, os serviços de hemodiálise, hemoterapia, radioterapia e quimioterapia também estão fora da lista de suspensão.
A Agência Nacional de Saúde (ANS), que regula o setor suplementar, afirmou, por meio de nota oficial, que, no âmbito das suas atribuições legais e ciente do movimento de paralisação dos atendimentos médicos, destaca que o atendimento à população não pode ser prejudicado. “Reiteramos que a ANS vem trabalhando continuamente na regulação das relações entre operadoras e prestadores de serviços de saúde, sempre no intuito de salvaguardar o equilíbrio do mercado e garantir o atendimento com qualidade aos consumidores de planos de saúde”, enfatizou.
De acordo com o último balanço da Fenam, o País conta com mais de 370 mil médicos. Destes, pelo menos 160 mil atendem por planos de saúde. O Estado representa a classe com 14 mil profissionais, sendo que, desta totalidade, um terço está inserido na saúde suplementar.


Blog da Folha.

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