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domingo, 14 de outubro de 2012

É protesto, mesmo?


Terminadas as eleições deste ano, constatou-se que as abstenções em todo o País somaram 16,41% do eleitorado, sendo que o estado com maior índice foi o Maranhão: 19,62%. Os votos nulos e em branco também passaram dos 10% em várias cidades.
Só como exemplo, em Olinda, 105.056 eleitores se abstiveram, optaram pelo branco ou anularam seus votos. Ou seja, 37,58% não tiveram interesse de escolher ninguém para administrar a cidade. Enquanto isso, o prefeito Renildo Calheiros (PCdoB) foi reeleito com “meros” 102.295 votos – 50,45% da votação válida. Assim como na Marim dos Caetés, podemos dizer que em outros locais houve o voto de protesto por conta do desencanto dos cidadãos, não só com as gestões, mas em relação aos políticos.
Agora, até onde vai o tal voto de protesto?
Na prática, nada é observado nas cidades, no pós-eleição, que confirme a “revolta”. E olhe que estamos falando de um terço ou mais do eleitorado! Muitos candidatos ganham, mas se mostram fracos como gestores. Outros se locupletam dos recursos públicos. As denúncias são feitas e não acontece um só movimento mais intenso para pedir um basta. No pleito seguinte, começa tudo de novo, com os candidatos prometendo mundos e fundos e falando em gestão transparente. E é quando o eleitor decide “protestar”, simplesmente não votando em ninguém.


Blog da Folha.

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