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quarta-feira, 26 de março de 2014

Mendonça Filho aponta contradições de Mantega sobre avaliação da S&P: ‘duas regras, duas medidas’


O líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), revelou a contradição nos comentários do ministro da Fazenda, Guido Mantega, em relação às avaliações da agência de classificação de risco Standard & Poor's.

Durante seu discurso no plenário, na noite desta terça-feira (25), o democrata resgatou declarações de 2008 e 2011 e comparou com a recente nota emitida pela Fazenda, desclassificando a agência chamando a decisão de “inconsistente”.

“Eu acho engraçado que o ministro da Fazenda elogia e sai espalhando boa notícia quando a S&P eleva a classificação do Brasil. E quando reduz,  ele questiona a credibilidade da agência de classificação de risco. É aquela história: são dois pesos, duas medidas”, declarou o deputado.

O democrata citou uma entrevista concedida à Reuters, em abril de 2008, quando o país tinha acabado de entrar no “grau de investimento” da empresa. Na ocasião, Mantega afirmou: “O Brasil entrou para o grupo dos países respeitados e que tem economias sólidas”.

Já em novembro de 2011, após mais uma elevação da nota brasileira, o ministro declarou ao Valor Econômico: “é um reconhecimento de que a política econômica encontra-se na direção correta e de que são sólidos os fundamentos macroeconômicos do país”.

Para Mendonça Filho, a nova tentativa de desclassificar a mesma agência que serviu de instrumento para sua exaltação à política econômica da época é uma tentativa de diminuir o impacto negativo do anúncio.

“O Brasil está patinando, está enxugando gelo por conta da falta de credibilidade. Todo mundo sabe que todo dia se inventa uma novidade na contabilidade pública. O Brasil hoje não tem equilíbrio fiscal que possa merecer o respeito do mercado privado”, considerou.

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