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quarta-feira, 28 de março de 2012

ENTREVISTA: DR. THIAGO GONDIM



No último sábado, dia 24, aconteceu o 1º Mutirão de Saúde da Pele promovido pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Saúde, em parceria com o Colégio Brasileiro de Medicina e Saúde. Ao todo, 350 pessoas foram atendidas por 25 médicos. Eles passaram por consultas para identificar Câncer de Pele e Hanseníase. Uma parte dos pacientes vai participar da segunda etapa do mutirão, que acontece em 15 dias, quando serão feitos os procedimentos cirúrgicos.

O médico presidente do Colégio Brasileiro de Medicina e Saúde, Thiago Gondim, concedeu uma entrevista exclusiva, na qual traz detalhes sobre o mutirão itinerante e fala sobre a parceria com Belo Jardim. Confira.

O que é o Colégio Brasileiro de Medicina e Saúde?
O Colégio Brasileiro de Medicina e Saúde é uma empresa que desenvolve cursos de pós-graduação na área médica, através de uma parceria técnica e científica com a Favip, a Faculdade Vale do Ipojuca. Atuamos no desenvolvimento acadêmico, orientados e fiscalizados pela faculdade e pelo Ministério da Educação.

Qual é a importância de uma ação social como esta para os profissionais de medicina?
Nós, médicos, recebemos da sociedade um empréstimo muito grande. Quem cursou na Universidade Federal ou em qualquer outra instituição particular teve acesso a condições que a grande maioria da população brasileira não teve. Então, participar de uma ação social voluntária é uma das formas de dar uma contrapartida para a sociedade. É retribuir um pouco do que foi investido na sua carreira. E deveria acontecer não só de forma espontânea, como deveria ser estimulado pelas pessoas. É uma oferta do profissional de medicina voltada para a comunidade.

Por que existem poucos médicos atuando no interior?
Se eu não me engano, Pernambuco tem cinco milhões e meio de habitantes. Recife tem, por volta, de três milhões e meio de pessoas e a grande maioria dos médicos está na capital pernambucana. Quando falamos em especialidade, temos dois grandes problemas. O primeiro é que uma grande parte dos médicos não consegue realizar especialidade. O segundo é que os médicos que fazem especialização não querem ir para o interior, pois infelizmente as condições de atendimento no interior não são compatíveis com as condições de atendimento em uma capital. Ou seja, onde é maior a necessidade, é onde existe a maior carência. Precisamos incentivar os profissionais a irem trabalhar no interior. Não só os médicos devem procurar isso, mas a sociedade organizada e o Governo devem criar meios para resolver essa problemática.

Vai haver próxima etapa do projeto em Belo Jardim?
Sim. Devemos retornar para operar os pacientes que estão sendo hoje avaliados. Possivelmente, depois disso, precisaremos voltar outras vezes para avaliar os pacientes operados. Quando a gente passa a atender um grupo, sentimos necessidade de marcar outros acompanhamentos. Minha preocupação é a quantidade de médicos à disposição do projeto, por isso aproveito o espaço para fazer um convite para médicos voluntários que queiram participar do projeto, pois daríamos todo o apoio de orientação dentro das especialidades. 

Considerações finais.
Tanto eu quanto a equipe estamos extremamente felizes em termos a oportunidade de aplicarmos um pouco do que a gente aprende no dia a dia, do que a gente discute no dia a dia. A escola é um fórum de discussão acadêmica, por isso é tão importante trazer o aprimoramento acadêmico para o profissional e benefícios para a população. Estamos muito satisfeitos com a recepção de Belo Jardim.


SADS.

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