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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Dilma nega qualquer temor sobre CPI da Petrobras

 (Monique Renne/CB/D.A Press)
Apesar de Palácio do Planalto ser acusado pela oposição de estar atuando de forma combinada com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para dificultar a instalação da CPI que vai apurar as denúncias de irregularidades em contratos na Petrobrás a presidente Dilma Rousseff afirmou na noite dessa terça-feira (6) em jantar com jornalistas, que não vê problema na instalação da comissão parlamentar de inquérito. "Não temo nada de CPI. Não devo nada e, portanto, não tenho temor nenhum", declarou a presidente, acrescentando que o governo age com "absoluta transparência".
Mas, para Dilma, o foco da CPI é ela. "O interesse todo nesta história sou eu", desabafou ela, dizendo que não há intenção de atingir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli. "Não tem dúvida que tem um componente político nisso aí", desabafou. E emendou: "sempre é muito contraditório o tratamento que se dá no Brasil às investigações sobre qualquer coisa. Investigações que só atingem o governo federal".
Dilma assegurou que "não se arrepende" de ter dito em nota ao Estado que não teria votado a favor da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, se conhecesse as cláusulas de put option e marlim, consideradas desfavoráveis à empresa e que foram omitidas do resumo técnico apresentada a ela e toda a diretoria da estatal, em 2006, na reunião que definiu a compra da refinaria belga. "Não arrependo não. Não falei nada que todos não soubessem e tudo isso está nas atas", disse a presidente. "Portanto, é uma tolice meridiana dizer que todas as cláusulas (put option) são iguais. Não são. Cada uma tem sua cláusula", disse ela.
A presidente Dilma afirmou que não estava alia para julgar nem Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, responsável pelo resumo técnico que omitia algumas das principais cláusulas do contrato de Pasadena, e nem Sérgio Gabrieli. Para a presidente, a omissão destas cláusulas no resumo entregue aos conselheiros que serviu de base para aprovar a compra da refinaria pode ter sido "um equívoco". "Mas não sei se houve má-fé", emendou.(Do Diário de Pernambuco).

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