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quarta-feira, 12 de março de 2014

Ponto fraco de Dilma, Eduardo mira na indústria

O governador inaugura unidade que produzirá novas linhas da Ambev,em Itapissuma. Foto: Julio Jacobina/DP/D.A Press (Julio Jacobina/DP/D.A Press)
Foto: Julio Jacobina/DP/D.A Press
Na guerra e na política, a fragilidade de um é ponto forte para o outro. E o governador Eduardo Campos (PSB) conhece bem essa estratégia. Ontem, em visita a três municípios do estado, ele aproveitou para se apresentar como uma liderança capaz de estancar a desaceleração da indústria brasileira - um dos pontos mais criticados por empresários brasileiros. Citou exemplos do crescimento do polo industrial em Pernambuco, que hoje representa 22% do PIB estadual, e disse que o Brasil poderia passar pelo mesmo processo de expansão. Lembrou que, em 2013, a contribuição da indústria para a riqueza do país foi aquém do que deveria, voltando ao mesmo índice do início do governo de Juscelino Kubitschek, de 13,5%, como na década de 1950.
A agenda de Eduardo Campos é pensada com antecedência por ele e seus assessores, mas coincide com um momento delicado para a presidente Dilma Rousseff (PT). Políticos e empresários estão procurando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ele se candidate novamente, em virtude da estagnação da economia, e Eduardo entende que pode ocupar esse vazio. Até porque o governador não acredita que o ex-presidente possa voltar a ser candidato à Presidência para não dar atestado de que o governo de sua sucessora não deu certo.
"Estamos inaugurando (hoje) três indústrias que foram fruto do trabalho e da obstinação", afirmou, referindo-se às novas linhas de produção da Ambev, em Itapissuma, a fábrica WHB, em Glória do Goitá, e a fábrica Milet, em Limoeiro, todas em regiões diferentes do interior do estado. "O Brasil vive um processo de desindustrialização que deve preocupar todos os brasileiros, e nós precisamos das indústrias porque elas é que dão emprego de maior qualidade na economia globa".
Em todas as ocasiões, o governador se esforçou para passar o ambiente de confiança construído em Pernambuco para as indústrias, segundo ele, com base na unidade, regras claras e prazos para serem cumpridos. Ele inclusive defendeu a reprodução da zona franca de Manaus - uma área onde produtos comercializados ficam livres de impostos - em outras regiões do país. "Não se pode tratar diferentes de forma igual. As áreas que precisam mais, precisam ter menos tributos".
Pouco antes de o governador discursar e dar entrevista nas instalações da WHB, que vai gerar 2,5 mil empregos em Glória de Goitá até 2017, o presidente desta unidade fabril, Teodoro Hübner Filho, defendeu a candidatura de Eduardo para o Palácio do Planalto. "Senhor Eduardo, nós precisamos do senhor lá, no Planalto, porque o nosso país vai crescer mais que cresceu, e com um pouco mais de ordem", afirmou, sendo aplaudido pelos funcionários presentes. Além das visitas nas três fábricas, Eduardo cumpriu outras três agendas administrativas no interior.(Do Diário de Pernambuco).

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