Começo, meio e fim. Triste fim.
O Campeonato Pernambucano de 2013 foi um dos mais violentos já vistos.
Lucas Lyra baleado no início do ano, torcidas uniformizadas invadindo as sedes dos clubes rivais, posterior veto às organizadas, mas sempre presentes nos jogos mesmo sem as camisas. Arrastão, brigas, pedra, tiro etc. Relembre aqui.
Neste domingo, o último ato desta violência incessante. Começou com marginais supostamente tricolores depredando o banheiro da Ilha do Retiro e arremessando os entulhos da arquibancada.
Terminou com marginais supostamente rubro-negros, sem controle algum, atirando pedras nos carros estacionados no clube, incluindo veículos da imprensa, como o do repórter Tiago Medeiros e o caminhão de transmissão da Rede Globo.
Havia segurança? Estatisticamente havia sim, bastante.
O efetivo articulado pela Polícia Militar para a final do Estadual contou com 1.425 homens no interior do estádio e no entorno. Dado abaixo apenas da decisão de 2011, no Arruda, quando 1.608 policiais foram destacados para o trabalho.
Entre os vários tópicos que motivaram a queda na média de público neste ano, a menor das últimas sete temporadas sem dúvida alguma a (falta de) segurança foi um dos principais, associada ao regulamento fajuto.
E que ninguém ache que tenha sido pontual, pois há uma notória escalada da violência no futebol pernambucano, sobretudo no Recife.
Tudo isso embaixo do nariz do poder público. Não foi por falta de alerta.
Efetivos gigantescos já não fomentam qualquer sensação de proteção…
Cassio Zirpoli
Fonte: Diário de Pernambuco
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