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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Sindicato dos Professores do Recife vai parar categoria no início das aulas

Imagem Internet

O Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) prometeu dar uma resposta política ao prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), no próximo dia 6 de fevereiro, justamente início do ano letivo. O motivo é o fato de o prefeito ter conseguido suspender, no Tribunal de Justiça de Pernambuco, o direito dos professores municipais de reservar 1/3 da carga horária para atividades extra classe, como pesquisa, planejamento e formulação de atividades escolares. O sindicato promete realizar, nessa data, uma Assembleia geral para decidir se os professores aceitam negociar, como quer o governo, ou entram em greve, o que se tornaria o primeiro desgaste do novo gestor. 

A direção do sindicato vai se reunir na próxima segunda-feira com o secretário de Educação, Valmar Correia, mas o clima está tenso. Os sindicalistas entendem que a prefeitura está ferindo um direito constitucional, determinado pela lei federal 11.738/08, conhecida como Lei do Piso, ao negar a reserva de 1/3 da carga horária. O fato acontecia desde a gestão de João da Costa (PT), o sindicato conseguiu vencer na justiça no primeiro round, quase no final do ano passado, mas o TJPE derrubou a decisão anterior alegando que os cofres públicos teriam prejuízo com esse benefício porque teria de contratar mais professores sem ter previsto no orçamento. "A Assembleia será realizada no período da manhã e não haverá aula nesse período. Depois, à tarde, vamos ver como fica, porque tudo depende da decisão tomada", declarou Eunice Nascimento, diretora do Simpere. 

A prefeitura se pronunciou, por meio do secretário de Assuntos Jurídicos, Ricardo Correia, alegando que o governo quer realizar um acordo com os professores na reunião da segunda-feira. "A prefeitura está totalmente imbuída de construir um consenso com o sindicato", afirmou, frisando que a reserva de 1/3 da carga horária precisa ser gradativa e discutida num grupo de trabalho. Ele explicou, por exemplo, que o executivo não tem condições de contratar, até fevereiro, cerca de 600 professores para cobrir os profissinais que ficariam livres para atividades extra classe durante um dia da semana.  



Diário de Pernambuco.

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