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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Jovens votantes, mas descrentes nos políticos


Julio Jacobina/DP/D.A Press

Durante o recadastramento biométrico realizado em vários municípios pernambucanos, entre eles o Recife, até o último dia 7 de maio, mais de 2 milhões de eleitores se recadastraram. Desse total, pouco mais de 8 por cento é composto por jovens com idades entre 16 e 18 anos que, por meio da biometria, tiraram o primeiro título de eleitor. Dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), referentes às últimas eleições, apontam que, entre esses jovens, quase todos que tiram o título comparecem às urnas. Porém, apesar da presença maciça, eles estão inseridos em um universo sem identificação com seus representantes.

Para o mestre em Comunicação e doutor em História Cultural pela Universidade de Brasília(UNB), Aylê-Salassié Quintão, há um problema muito grande de identidade entre esse público e os candidatos. "Existe a rejeição às eleições como um todo. Os jovens não enxergam os polítcos com bons olhos, por conta do histórico de corrupção e ineficácia", destaca. "É um voto incerto, nenhum político pode contar com esses votos", completa. 

A estudante de logística Rafaela Gomes, 18 anos, é um exemplo dessa fatia do eleitorado. Ela corrobora com o cenário apontado por Aylê-Salassié, e considera a corrupção um fator de descrédito no cenário político. "A corrupção chegou a um ponto em que parece não ter como fugir. A genta sabe que muita gente está envolvida, então, quando aparece algum que parece querer modificar, a gente pensa que ele participa ou fecha os olhos para a corrupção", justifica.(Do Diário de Pernambuco).

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