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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Telexfree promove cruzeiro sertanejo mesmo com bloqueio judicial


O bloqueio financeiro imposto pela Justiça parece não estar abalando as pretensões turísticas dos proprietários da TexeFree. Apesar de os recursos estarem bloqueados, a empresa Ympactus Comercial Ltda deve realizar, entre os dias 15 e 18 de dezembro, a 2ª edição de seu cruzeiro Extravaganza Telexfree. As atrações principais do evento nas águas do Atlântico, inclusive, já estão confirmadas: a dupla sertaneja Bruno e Marrone e a banda Cavaleiros do Forró.

Pelo visto, é possível deduzir que, mesmo com as contas impedidas de movimentação, a empresas faturou muito para bancar um evento desse porte e ainda tem bons dividendos em caixa. Na fanpage da Telexfree no Facebook, no último domingo (20), uma foto da dupla sertaneja foi postada com a legenda “Os ventos voltam a soprar a favor da TelexFREE”. O anúncio do cruzeiro, bem como das atrações, tinha sido feito ainda no primeiro semestre, em 9 de maio. As informações foram publicadas na edição online desta quinta-feira (24) no portal Folha/UOL. 

A empresa, que alega vender planos de minutos de telefonia de voz sobre protocolo de internet (VoIP na sigla em inglês), foi proibida de operar no final de junho por acusação de praticar o crime de pirâmide financeira, contra a economia popular. Nesse tipo de golpe, são comuns as promessas de retorno expressivo em pouco tempo. A operação do negócio está bloqueada por tempo indeterminado a pedido do Ministério Público do Acre (MP-AC). 

Além disso, a Justiça também determinou que a empresa não realize novos cadastros de clientes (divulgadores), bem como está impedida de efetuar pagamentos aos clientes já cadastrados, até o julgamento final do caso, sob pena de multa diária de R$ 500 mil. A ação contra a Telexfree faz parte de uma força-tarefa conduzida pelos Ministérios Públicos federal e estaduais e que investiga indícios de pirâmides financeiras pelo país. 

Além da TelexFree, a empresa BBom, que fornece rastreadores de veículos, também está sendo investigada pelas mesma prática de pirâmide financeira, proibida no Brasil. Com promessas de retorno expressivo em pouco tempo, os esquemas de pirâmide financeira são considerados ilegais porque só são vantajosos enquanto atraem novos investidores. Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso. 

Roubada

O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), pela primeira vez se manifestou sobre o imbróglio envolvendo as empresas do chamado marketing multinível, investigadas por formação de pirâmide financeira, como Telexfree e BBom.

Viana usou a sua fan page no Facebook, ontem (23), e disse que os divulgadores dessas empresas “entraram em uma verdadeira roubada”. Ele citou o caso das empresas Bbom e Telexfree afirmando estar preocupado com o “verdadeiro drama de milhares de pessoas do Acre e de outros estados”.(Do Diário de Pernambuco).

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